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Crimes virtuais em Aracaju: como agir e onde buscar ajuda

Crimes virtuais em Aracaju: como agir e onde buscar ajuda

Você sabia que existe uma delegacia específica pra crimes virtuais em Aracaju? Pois é, eu também não sabia, até que um anúncio fez meus olhos brilharem: uma vaga de estágio em Direito e o timing não poderia ser mais perfeito!

Recentemente, eu havia pedido desligamento de um emprego na minha área de formação, a Publicidade, em busca de algo que realmente me motivasse. E lá estava essa oportunidade, exigindo pelo menos o 5º período (ainda estou no 2º período). 

Porém algo dentro de mim disse que valia a pena tentar. Sempre vale a pena tentar!

Mesmo assim, preparei um e-mail sincero, anexei meu currículo e cliquei em “enviar”, movido por uma curiosidade irresistível sobre o mundo dos crimes virtuais em Aracaju. 

A resposta para a vaga ainda é incerta, mas a jornada de descobertas que isso desencadeou já rendeu bons frutos

Então, chega mais que vou te contar tudo sobre o que aprendi!

Direito Digital: por que me interessei por essa área?

Antes de mergulharmos nos dados concretos sobre os crimes virtuais em Aracaju, preciso contextualizar minha paixão por esse ramo do Direito que ainda nem tem na grade curricular da Universidade Federal de Sergipe, justamente por ser um segmento muito recente. Como venho da Publicidade, sou fascinada pelo poder da comunicação e do comportamento humano nas redes. 

No entanto, também acompanhei o lado triste dessa história: a disseminação de desinformação, a violação de direitos autorais e a ética duvidosa em algumas campanhas de marketing digital. 

Ao iniciar o Direito, percebi que o Direito Digital era o encontro perfeito entre esses dois mundos. Ele é o conjunto de normas, princípios e legislações que tentam colocar um freio na loucura digital, protegendo a honra, o patrimônio e a intimidade das pessoas. 

Entender essa estrutura me mostrou que o Direito é um organismo vivo, que evolui para combater ameaças modernas. Essa convergência entre meu histórico em comunicação e a aplicação prática da lei é o que me motiva a querer me especializar nessa área.

Polícia Civil de Sergipe investe em capacitação para fortalecer investigações digitais

Durante minha pesquisa sobre crimes virtuais em Aracaju pra escrever trazer aqui, encontrei materiais da própria Polícia Civil que foram fundamentais. Um deles destacava a orientação da DRCC durante a Semana da Internet Segura, em 2019, alertando sobre os perigos em redes sociais e compras online. 

Além disso, o outro texto detalhou a atuação da delegacia desde 2012 e apesar desses textos não serem deste ano, os crimes virtuais em Aracaju são uma realidade combatida por uma unidade especializada aqui mesmo, na nossa porta. 

Em 2022, a Policia Civil realizou um curso de Investigação de Crimes Cibernéticos

A Polícia Civil de Sergipe vem intensificando suas ações no combate aos crimes virtuais em Aracaju com a criação do projeto Cyber50PCSE, uma iniciativa que tem como foco aprimorar as técnicas de investigação digital entre os servidores da corporação. 

O projeto, coordenado pelo Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), é realizado em parceria com a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), a Academia de Polícia Civil (Acadepol) e a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), e representa um avanço importante diante dos desafios do ambiente digital.

Os crimes virtuais mais comuns em Sergipe

A SaferNet Brasil é uma organização não-governamental e referência nacional no enfrentamento aos crimes virtuais em Aracaju e em todo o país. Especializada em direitos humanos na internet, ela opera a Central de Ajuda. 

Esse canal que oferece orientação e apoio gratuito a vítimas de violações online, como cyberbullying, discursos de ódio, vazamento de imagens íntimas não consensuais e fraudes.

Os dados da Central de Ajuda da SaferNet revelam um panorama crítico da violência digital em Sergipe: foram registrados 174 atendimentos no estado no ano passado.

Estatísticas de crimes virtuais em Aracaju, mapa do Brasil e gráfico

Como resultado, 74 desses casos estão diretamente relacionados a questões de saúde mental e bem-estar, o que representa 42,5% do total de ocorrências. Esse número evidencia o profundo impacto psicológico que os crimes virtuais causam nas vítimas sergipanas.

Esse panorama fornecido pela SaferNet não apenas valida a importância estratégica de uma delegacia especializada como a DRCC, mas também justifica iniciativas como o projeto Cyber50PCSE

Conhecer o perfil das vítimas e os crimes mais comuns é o primeiro passo para criar uma rede de proteção mais eficaz e informar a população sobre os riscos e caminhos para buscar ajuda.

Medidas práticas para evitar ser vítima de crimes virtuais

De fato, a melhor forma de combater os crimes virtuais em Aracaju é a prevenção. Eis um guia prático para você não cair em armadilhas digitais:

  1. Nas redes sociais e apps de mensagem: Pense antes de compartilhar. Sempre confirme a veracidade de uma informação antes de repassá-la. Lembre-se: se você fizer um comentário pejorativo ao compartilhar uma notícia falsa, pode ser responsabilizado. Administradores de grupos podem ter responsabilidade civil pelo conteúdo postado.
  2. Em compras online: Desconfie de preços milagrosos. Pesquise o CNPJ da loja ou o CPF do vendedor. Leia comentários e avaliações de outros usuários. Guarde prints de toda a negociação, do anúncio ao chat de atendimento, para servir como prova em caso de fraude.
  3. Em caso de problema: Não hesite em registrar uma ocorrência. Se o prejuízo for alto, a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos é o lugar certo. Para casos menores, a delegacia de sua área pode ajudá-lo.

Assista uma reportagem recente em um telejornal veja na prática como evitar cair em golpes virtuais:

Um chamado para a conscientização digital

Minha jornada, do anúncio da vaga até a pesquisa sobre os crimes virtuais em Aracaju, reforçou uma convicção: a segurança digital é um dever de todos.

Por isso, a existência de uma delegacia especializada é um alento, mas ela sozinha não resolve o problema. Precisamos, como usuários, evoluir nossa consciência crítica e nosso comportamento online. 

Sabe aquele e-mail que enviei para o estágio? Foi um ato de fé no meu novo caminho. Então compartilhar esse conhecimento com você é a minha contribuição prática para um ambiente digital mais seguro em Aracaju. 

Portanto, a luta contra os crimes virtuais em Aracaju começa com a informação.

Perguntas frequentes sobre crimes virtuais em Aracaju

Venha entender como agir diante de das situações digitais mais comuns e proteger seus direitos para garantir uma internet mais segura.

O que faço se for vítima de calúnia ou difamação em um grupo de WhatsApp?

Registe um Boletim de Ocorrência na delegacia de área do local do fato ou da sua residência. Colete prints das mensagens, identificando o número dos envolvidos e a data dos fatos.

Comprei um produto online e nunca recebi. O prejuízo foi de um salário mínimo, onde devo ir?

Neste caso, como o prejuízo é inferior a 10 salários mínimos, a ocorrência deve ser registrada em uma delegacia de área. A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos atua em casos de maior monta.

O administrador de um grupo onde fui ofendido pode ser responsabilizado?

Criminalmente, geralmente não, a menos que ele próprio tenha compartilhado o conteúdo ofensivo com um comentário. No entanto, dependendo do caso, a esfera cível pode responsabilizá-lo por não moderar adequadamente o ambiente.

Quais são os horários de funcionamento da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos em Aracaju?

O atendimento ao público para registro de ocorrências é de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. O endereço é Rua José de Oliveira Filho, 50, Praça Poeta Clodoaldo de Alencar, conjunto Leite Neto, no bairro Grageru. Tel.: (79) 3194-3100

Posso denunciar um crime virtual anonimamente?

Sim, através de canais como o Disque Denúncia. No entanto, para a abertura de um inquérito policial que possa levar à identificação e responsabilização do autor, a vítima precisa se identificar formalmente no registro da ocorrência.


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